O Tribunal Superior do Trabalho (TST) decidiu nesta quarta-feira, dia 2, que os Correios devem dar um reajuste salarial de 3% aos trabalhadores. A decisão foi durante o julgamento do dissídio da categoria.
O TST também decidiu pela exclusão de pais e mães do plano de saúde da empresa. Essa era uma das principais reivindicações dos trabalhadores.
De acordo com o relator do processo, ministro Maurício Godinho Delgado, a manutenção de pais e mães no plano tinha prazo de um ano, conforme dissídio coletivo fixado anteriormente, tendo o prazo se esgotado.
Entretanto, o TST decidiu por um caminho intermediário, onde pais e mães que estiverem em tratamento continuado seguem cobertos pelo plano. De acordo com a estatal, a manutenção de pais e mães no plano de saúde da empresa custaria cerca de R$ 500 milhões por ano.
Ainda durante o julgamento do dissídio, os Correios devem manter por dois anos as outras cláusulas econômicas e sociais do atual acordo de trabalho da categoria.
Em relação aos dias parados dos funcionários, o TST decidiu descontar dos salários dos trabalhadores. Esses dias serão descontados em três parcelas mensais sucessivas. A greve dos Correios começou no dia 11 de setembro e terminou sete dias depois.
De acordo com Sérgio Pimenta, do Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Correios, Telégrafos e Similares de Rio Preto (Sintect-SP), a decisão era esperada pela categoria.
“Se a empresa estivesse aberta ao diálogo e não tivesse que levar o dissídio a julgamento, poderia ter evitado os dias de paralisação”, afirmou.
Ele ainda comemorou a permanência dos direitos que os funcionários conquistaram com o passar dos anos. “Uma de nossas preocupações era perder todos os direitos que lutamos. Isso pelo menos temos garantido por mais um tempo”, concluiu Pimenta.
Por Vinícius LOPES