Além das baixas temperaturas no inverno, há também o tempo seco, que favorece a incidência de queimadas nesta época. Após o plano de queimadas, lançado em junho deste ano, Rio Preto conseguiu contrariar as estatísticas e registrou neste primeiro semestre queda de 40% no número de incêndios dentro do perímetro urbano, comparado ao mesmo período do ano passado. Nos pontos de apoio a redução foi ainda maior, caindo 70% se comparado aos seis primeiros meses de 2016.
De acordo com o diretor da Defesa Civil, coronel Carlos Lamin, no primeiro semestre de 2016 foram registrados 44 incêndios em pontos de apoio, contra 14 neste ano. Ele acredita que a ação de conscientização da Prefeitura contra as queimadas tem ajudado nesse combate. “Isso demonstra a nossa preocupação com a qualidade de vida do rio-pretense, como Defesa Civil, Prefeitura e administração como um todo. Também quero crer que está havendo uma conscientização, porque nós temos uma campanha maciça de conscientização dos malefícios da queimada”, comentou Lamin.
Na última terça-feira, reforçando as ações contra as queimadas no período de estiagem, a Defesa Civil realizou palestra para a apresentação do Programa Queimadas, sistema de monitoramento por satélites disponibilizado pelo INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
O Programa Queimadas está disponível via internet, no site do INPE, e pode ser acessado livremente. Ele é abastecido constantemente por informações enviadas por satélites, que conseguem identificar focos de incêndio baseado em características, como fumaça, calor e extensão de fogo. Embora não transmita dados em tempo real – há variação de horas conforme atualização dos dados no sistema -, a ferramenta é extremamente valiosa para fiscalização de áreas e planejamento de ações preventivas.
Segundo Lamin, esse tipo de tecnologia já era utilizado em áreas rurais e agora será utilizado também em área urbana. “Nós fizemos uma reunião com o especialista da Polícia Ambiental para nos capacitar para utilizar o site do INPE, para demarcar todas as queimadas que têm no município de Rio Preto. Eles fazem isso já na área rural e nós estamos aproveitando esse conhecimento deles para trazer também ao perímetro urbano e que a gente possa nortear nas nossas ações”, concluiu o diretor da Defesa Civil.
Fonte: Priscila Carvalho/ Colaboração: Luna Kfouri – Redação jornal DHoje Interior